quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O que é a INTUIÇÃO

Tendo em vista tratar-se de assunto cuja definição é extremamente polêmica, e, muitas vezes, dependendo de quem a define, é subjetiva, este Trabalho tem em foco, simplesmente, definir e comentar a Intuição de modo simples e objetivo, baseado em diversos autores, conforme bibliografia anexa.
A origem etimológica da palavra intuição provém do verbo latino “intuire” que significa perceber; ver; olhar atentamente, discernir; ato ou capacidade de pressentir. Gerando, daí, a palavra “intuizione”. É uma forma de captar informações sem recorrer aos métodos do raciocínio e da lógica. Sem dúvida, desempenha importante papel na criatividade e nas descobertas humanas.
Nosso cérebro está dividido em dois hemisférios: o do lado direito armazena e elabora as nossas emoções, a imaginação e a criatividade. É a metade intuitiva, sem domínio verbal. O hemisfério esquerdo é o lado organizado, racional, lógico, analítico, usa a linguagem e domina a palavra. Assim, a metade esquerda do cérebro, que é racional e armazena dados concretos, números e regras; e o lado direito, responsável pela linguagem não-verbal, símbolos e sensações.





Deste modo, uma definição primeira e simples é: “Relacionar o que vem de um e do outro é intuir”.
A questão é como interpretar o que está lá dentro. O processo não é lógico. Sensações não seguem regras cartesianas, não são concatenadas, não obedecem ordens temporais: aqui, quem dita as regras é o inconsciente.
Limpar a mente, e deixá-la de portas abertas, e mesmo se distanciando do problema, ajuda a focalizar o que parece escondido. Albert Einstein, físico, costumava fazer palavras cruzadas para se distrair e permitir que a intuição se manifestasse.
A intuição é velha companheira de artistas e cientistas. Gênios da música clássica como Beethoven e Mozart obtiveram grandes realizações com o uso da intuição. Albert Einstein, já citado, considerava a imaginação mais importante do que o conhecimento. Disse certa vez: “As vezes confio estar certo, sem saber a razão”.
Em filosofia, intuição é uma forma de conhecimento ou saber independente, porém relacionada, da experiência ou da razão. A capacidade de intuição e o saber intuitivo, são consideradas qualidades inerentes à mente. O filósofo judeu Baruch Spinoza considerava a intuição como forma mais elevada de conhecimento, acima do saber empírico.
A intuição e a razão se complementam. Nenhum ser humano pode tomar decisões acertadas somente com o uso da razão. A intuição é, como dizia Freud, uma rebeldia do intelecto. A lógica formal não pode, por si só, servir de base para decidir com quem vamos nos casar, em quem confiar, que emprego vamos aceitar, que negócios devemos iniciar e que coisas devemos comprar. Todas as decisões exigem o uso da razão, da intuição e uma relação saudável com o nosso repertorio emocional.
Deste modo, podemos concluir que quando estamos com nosso sistema emocional abalado por problemas, de ordem genérica, devemos ser extremamente cautelosos quando analisamos e seguimos orientação intuitiva.
A intuição pode fazer com que adivinhemos quem está para chegar ou prever o resultado de um sorteio. São percepções comuns a qualquer pessoa e, apesar de comprovadamente eficiente, o processo pelo qual a intuição age e a forma como nós a percebemos ainda não foi esclarecido. O certo é que as mulheres, crianças e pessoas menos ligadas às coisas materiais a experimentam mais intensamente.
As mulheres estão galgando novas posições de destaque não só como empresárias, mas como líderes nas mais diversas atividades, graças aos seus dotes privilegiados em relação à intuição.
A intuição não é um dom mágico, mas uma capacidade do cérebro que pode ser desenvolvida e aplicada na hora de tomar decisões.
O mundo de negócios está valorizando enormemente o uso da intuição pelos líderes das grandes companhias como a Compaq e Sony. Em recente pesquisa, sabe-se que os executivos americanos, japoneses e ingleses, despontam no grupo como os mais intuitivos. Infelizmente, os empresários e executivos brasileiros ainda dão um peso muito grande às analises estatísticas, para a quantificação de dados, usando demais o lado esquerdo do cérebro, em detrimento do lado direito. Enxergam as arvores e deixam de enxergar a floresta.
As pressões competitivas tendem a reduzir, cada vez mais, o ciclo de vida dos produtos a serem consumidos. As pressões para tomada de decisão estão sendo feitas em prazos cada vez menores, aumentando, progressivamente, nas pessoas bem sucedidas, os apelos para os dotes intuitivos.
Conhecida como sexto sentido, Carl Gustav Jung a comparou com uma bússola, uma psique que desvenda possibilidades. Por que você acorda no meio da noite com aquela idéia brilhante na cabeça? É um assunto espinhoso e alguns confundem com misticismo. Sua existência  é aceita e comprovada por diversos testes, mas ainda não se conhece todo o seu mecanismo.
É preciso diferenciar intuição do desejo “que algo aconteça” e também com a paranóia. Paranóia é um medo que se repete, e intuição é uma sensação que acontece e parece ser uma recombinação inconsciente de fatos, observações e sensações.
Pelo exposto, conclui-se que intuição pode ser compreendida de diferentes maneiras: pode ser o discernimento rápido, a percepção clara e imediata. Para outros é a capacidade de pressentimentos, acontecimentos ou caminhos que levam a soluções de difíceis problemas.

Bibliografia: Intuição & Maçonaria de Fernando César Gregório (Editora “A Trolha”)

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